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Malas: Investimento ou Desperdício de Dinheiro?


Malas...um dos objectos mais desejados e amados por nós, mulheres. Quem não tem ou teve aquele desejo de consumo de uma Louis Vuitton, Chanel, Dior, Saint Laurent, Chloé entre tantas outras marcas ficamos a namora-la na montra das lojas, quando as vemos na rua nos braços de alguém, temos uma pequena quantidade de imagens no telemóvel...No entanto quando começamos a pensar em despender um pouco mais, deparamos-nos com algumas questões: Vale realmente a pena? É um investimento ou um mero capricho?!

Apesar da minha opinião ser bastante suspeita, não fosse eu a louca das malas, valem completamente o dinheiro e sim em alguns casos podem ser um verdadeiro investimento. No que toca a estas pequenas desde há 3 anos que o meu lema tem sido "menos é mais", investindo, em malas de qualidade, que sei que vou usar vezes sem conta e vão permanecer impecáveis. 
Todas elas tem um significado para mim, nenhuma delas foi comprada só porque sim, o que faz com que ainda tenha um carinho muito especial para elas.

Quem me segue no Instagram, sabe que vou investir na Métis da Louis Vuitton,  que estou numa longaaaa lista de espera. Uma das razões que me levou a escolher este modelo foi o facto do seu valor ter vindo a aumentar substancialmente nos últimos anos, inclusive no dia em que fui reservar, aumentou 60 euros (sorte a minha!!). A verdade é que as várias malas tem mostrado ser um investimento rentável, o seu valor no mercado do luxo tem vindo a ser valorizado com o tempo, tendo retornos até 200%. Sendo um item de fácil conservação, ao contrário por exemplo de peças de roupa, sapatos, bens consumíveis como é o caso dos vinhos e champanhes, que precisam de vários cuidados, os carros saem do stand começam logo a desvalorizar, e os clássicos já tiveram melhores dias. Alguns analistas tem chegado mesmo a defender que investir neste tipo de bens é mais rentável e seguro do que investir em acções ou barras de ouro, porque não ocorrem oscilações em termos de valor no mercado, o mesmo não acontece com o preço das acções e do ouro.

Mas como é que isto é possível?
Lei da Procura e da oferta. Quando falamos em marcas de luxo, falamos em exclusividade e qualidade, os artigos que são produzidos em poucas quantidades ao contrário das marcas fast-fashion, que são produzem em série, são peças produzidas à mão que demoram muitas vezes dias a serem feitas, fazendo com que os custos de produção sejam bastante elevados.  O que contrasta com uma elevada procura por parte do consumidor, o que permite às marcas aumentarem o preço, sabem que podem aumentar o preço que têm pessoas interessadas a despender esse valor, e este aumento de valor, muitas das vezes até faz com que haja um aumento da procura no sentido de sentido de oportunidade "se não comprar agora, ela vai aumentar". Para quem não está disposto a esperar, pode acabar por comprar o artigo em segunda mão e pagar mais do dobro do preço de venda em loja. 


Falando de casos específicos o modelo Birkin da Hermès, tem uma lista de espera de aproximadamente 6 anos, custa entre 6 mil e 60 mil euros, consoante o tipo de pele, no entanto em leilões o seu valor ronda os 100 mil euros, podendo chegar até aos 320 mil euros. Um exagero?! sim completamente, mas o mercado do luxo funciona assim.

Claro que o meu grande sonho de consumo, a Chanel 2.55 Classic Flap,não podia estar fora deste post, começou por ser vendida em 1955 pelo valor "simbólico" de 220 dólares, rondando hoje os 6 mil euros.Esta mala, NUNCA desvalorizou no mercado. Criada em 1955,por Coco Chanel, esta foi a primeira mala à tiracolo desenhada para as mulheres, antes disso as mulheres só usavam malas de mão, que por sinal não eram nada confortáveis, a magia nesta mala, está nos seus detalhes, desde o bolso para como disse a Mademoiselle Chanel "as cartas de amores proibidos", o bolso com o tamanho perfeito para um batom, a corrente dourada inspirada nas correntes usadas pelas freiras no convento onde Coco Chanel cresceu...


Métis, da Louis Vuitton foi lançada em 2012, inspirada num modelo antigo lançado em 1986, Monceau, tem sido um dos modelos mais requisitados da Maison, o seu valor tem aumentado substancialmente nos últimos 5 anos, e neste momento a lista de espera pelo menos em Portugal ronda os 6 meses. Em 2014 custava 1120 euros, hoje já vai em 1390 euros (mínimo).

Antes de pensarem investir nestes artigos, procurem estudar o mercado, procurem por modelos clássicos. E mais do de x ou y marca, procurem envolver-se com os valores da mesma, as marcas como hoje as conhecemos, são resultado de muitas vezes luta contra o sistema da época, são histórias de amor, maneiras de pensar e agir...